quinta-feira, 30 de abril de 2015

Nossos velhinhos pelo poeta Luciano Gouveia

O sentir de nossos velhinhos 
Lembro-me de minha terra, “anos passados” 
Cheiros, sabores e cores... Quanta fragrância!!! 
Também desses velhinhos arqueados 
Contrastes de minha querida infância 

Eles tinham de tudo 
Paciência, alegria e simpatia 
Mas seus filhos só viam  
O obstáculo de cada dia 

Intentam vê-los uma vez por mês 
E sempre surge alguma alteração 
Porque não gostam desse lugar 
Pros filhos é só uma obrigação 

Ali passa o dia muito devagar 
Vendo a vida passar  
Sem ter nada que planejar  
Só esperando a morte chegar 

Como podem estar averiguando 
Dos asilos lhes estou falando 
Nossos velhinhos vamos deixando 
nossa consciência vamos calando 

Mas a realidade não é tonta 
Pensando em mim e nos demais 
Já é tarde e só nos damos conta 
Quando perdemos nossos pais 

Sentiremos nem servir como avós 
Nossos filhos aí nos deixarão 
Pensando no melhor para nós 
Nossa vida dilacerão 

Filhos, não compra tudo o dinheiro 
Cuidemos em casa nossos velhinhos 
Ensinemos qual é o amor verdadeiro 
Aos nossos filhos e netinhos. 


Luciano Gouveia Rabadão  
                   “Mata de Lobos”  






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