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domingo, 15 de novembro de 2009

Cera de carnauba

Quem observa uma vistosa fábrica de ceras de carnaúba nas margens da rodovia PI-115, em Campo Maior (82 km de Teresina), a Brasil Ceras não imagina a revolução tecnológica que a empresa está experimentando para a exploração da cadeia produtiva da carnaúba, planta quase onipresente nos municípios do Território de Desenvolvimento dos Carnaubais.
O presidente da Brasil Ceras, o empresário José Luiz Félix, informa que sua empresa produz 200 toneladas de cera por mês, sendo que 30% são exportados para os Estados Unidos, 30% para a Europa, principalmente para países como Alemanha, Itália, Holanda e Espanha; e 30% para a Ásia, com distribuição para países como Japão, China,Índia e Taiwan.
José Luiz Félix afirmou que a cera de carnaúba hoje tem uma aplicação muito ampla em todo o mundo quanto para a indústria de cosméticos e emulsões usadas como isolamento e brilho em frutas para que permaneçam mais tempo nos supermercados sem a perda da água, lubrificantes e tintas.
"É uma indústria de ascensão porque produtos como cosméticos e alimentos precisam da cera de carnaúba, que é um isolamento perfeito e insubstituível para esse tipo de atividade. A cera é importante para o batom por ser natural e de uso pessoal que não pode ser feito com cera sintética. É o mesmo caso dos alimentos", declarou José Luiz Félix.
Ele declarou que a cera de carnaúba por suas características físico-químicas e por ser natural é usada desde o polimento de flores, em polimento de bombons, na indústria de computação e produtos farmacéuticos.
José Luiz Félix informa que a Brasil Ceras oferece 40 empregos diretos, mas do dobro de postos de trabalhos oferecidos quando a indústria foi criada, em 2001, quando tinha 18 empregados.
Para a produção de cera de carnaúba, a Brasil Ceras oferece trabalho para uma média de 30 mil pessoas, que vai desde os cortadores de palha de carnaúba, aos responsáveis pela retirada do pó, carregadores e outros trabalhadores da cadeia produtiva.
Com equipamentos modernos, a empresa produz a cera com o pó da palha de carnaúba e pó do olho da carnaúba, que têm preços diferentes. José Luiz Félix disse que com tanto com o pó da palha de carnaúba, como do pó do olho da carnaúba são produzidas ceras escamadas e atomizadas. A atomizada é feita com a atomização de partículas.
A atomização de partículas permite que a cera fique fina como leite em pó.


INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS PERMITEM A ELIMINAÇÃO DE USO DE LENHA NA PRODUÇÃO DE CERA
Efrém Ribeiro
De Campo Maior


Inovações tecnológicas implementadas pela Brasil Ceras permitiram que a indústria não utilize mais a lenha em seus fornos e caldeiras, que são alimentados atualmente por brinquetes feitos com a borra e fibra da carnaúba, que eram rejeitados no processo de produção de ceras.
A borra é imprensada e fica em forma de bastão. Dessa forma é usada nos fornos como matriz energética e evita o uso de lenha cortada na mata e deixa de agredir a natureza.
A vantagem da produção da cera de carnaúba é que as folhas retiradas da carnaubeira em um ano para a retirada do pó a própria natureza repõe com o nascimento de outra.
O empresário José Luiz Félix declarou que a Brasil Ceras está desenvolvendo a produção de brinquetes com bagana, resto de palhas de carnaúba, usada na cobertura de terras para agricultura por manter a umidade do solo, eliminar as ervas daninhas e servir como adubo.
A indústria de Campo Maior já tem destino certo para os brinquetes feitos com a bagana da palha da carnaúbas, as lareiras das casas dos países da Europa.
"Os importadores europeus já estão querendo o produto", falou José Luiz Félix, informando que os brinquetes podem ser usados nos fornos da indústria cerâmica, olarias e padarias.
Ele também está desenvolvendo um secador de palhas de carnaúba e um equipamento que substitui as pesadas foices usadas nas varas de bambus para a derrubada das palhas. "O equipamento fica em torno da palha e aperta, a cortando sem precisar da foice", diz José Luiz Félix.Fonte:acessecampomaior