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sábado, 26 de janeiro de 2019

Um passeio na Avenida Demerval Lobão pelas memórias de Sergio Emiliano


A avenida termina exatamente em cima dos trilhos da antiga linha férrea que ligava Parnaíba a Teresina, num quarteirão fronteiro ao colégio Marion Saraiva. Até hoje, conseguimos enxergar as últimas carnaúbas do Velame. Ela começa na Praça da Prefeitura, ligadinha na famosa rua Santo Antônio.

Eu nem precisei fechar os olhos para recuperar os detalhes desse cenário, pois a avenida não mudou muito. Ainda é praticamente a mesma de anos atrás, quando andava por ela em cima de uma bicicleta, arrastando um chinelo, ou calçando uma Conga azul-marinho. Comprava petecas no Seu Niuso, revistas na Rev Som e cadernos na Toinha da gráfica. Os brinquedos eu adquiria, ou só admirava, na loja do Seu Clóvis em frente a praça do Mercado. As mudanças mais sentidas foi o fechamento das Casas Pernambucanas, da Cobal, Gráfica Mendes e do Supermercado Paz, que atualmente se resume a um corredor com venda de produtos para a umbanda.

Seu nome foi uma homenagem dada pelo prefeito Oscar Castelo Branco Filho ao advogado campomaiorense Demerval Lobão Veras, que foi deputado federal em 1950 e faleceu num acidente de carro no dia 04 de setembro de 1958 durante campanha para o governo do Estado. Antes se chamava Avenida Marechal Deodoro da Fonseca segundo os registros da Prefeitura.

Andar pelas suas calçadas requer delicadeza e atenção. São todos os tipos de pisos, degraus, calçadas carcomidas, declives, buracos, fiação emaranhada, manequins nas portas das lojas e caixas de som. Daria minha vida para saber se essa poluição sonora faz o cliente entrar e comprar. Virou folclore esse barulho chato e brega.
No passeio central, suas várias carnaúbas não amenizam em nada a quentura dos meses tórridos e ainda é impossível andar: seja pela largura, seja pela altura do passeio.
Vagas para estacionar são inexistentes. O estacionamento do supermercado Carvalho é o que ainda quebra o galho de muita gente. Quem anda de moto tem a opção de cobrir o banco com papelão oferecidos pelos flanelinhas na altura da Caixa Econômica. Apesar de existir dois estacionamentos, a procura é pouca, a grana é curta.

















Olhando do alto, numa espécie de vista aérea, parece que todas as ruas correm para a Demerval Lobão. É o princípio e o fim do centro de tudo, o palco das compras, das caminhadas políticas, das manifestações, das brigas de trânsito, dos assaltos, da alegria de comprar.