(este texto encerra homenagem, póstuma, aos pais do autor).
Transcorria
janeiro de 1930 quando consumou-se — pela ação sacramental do pároco
daquela freguesia longínqua —, o conúbio entre os jovens José Faustino
de Carvalho e Luiza Fortes de Carvalho. Por gosto ou promessa, os
recém-casados deliberaram dedicar-se ao fabrico de meninos. Nesse
propósito se houveram muito bem, mas a fábrica não fora tão pródiga
quanto almejavam: apenas 21 filhos em 25 anos. Apesar do feito, que
ecoou à larga por aqueles rincões sertanejos, não obtiveram a
classificação para o pódio. O título de campeão coube a um vizinho de
José, o Senhor Antônio, que atendia pelo apodo de “Antônio Pequeno”: 25
filhos em 25 anos. Imagine se esse homúnculo acudisse pelo apodo de
“Antônio Grande”.