O sentir de nossos velhinhos
Lembro-me de minha terra, “anos passados”
Cheiros, sabores e cores... Quanta fragrância!!!
Também desses velhinhos arqueados
Contrastes de minha querida infância
Eles tinham de tudo
Paciência, alegria e simpatia
Mas seus filhos só viam
O obstáculo de cada dia
Intentam vê-los uma vez por mês
E sempre surge alguma alteração
Porque não gostam desse lugar
Pros filhos é só uma obrigação
Ali passa o dia muito devagar
Vendo a vida passar
Sem ter nada que planejar
Só esperando a morte chegar
Como podem estar averiguando
Dos asilos lhes estou falando
Nossos velhinhos vamos deixando
E nossa consciência vamos calando
Mas a realidade não é tonta
Pensando em mim e nos demais
Já é tarde e só nos damos conta
Quando perdemos nossos pais
Sentiremos nem servir como avós
Nossos filhos aí nos deixarão
Pensando no melhor para nós
Nossa vida dilacerão
Filhos, não compra tudo o dinheiro
Cuidemos em casa nossos velhinhos
Ensinemos qual é o amor verdadeiro
Aos nossos filhos e netinhos.
Luciano Gouveia Rabadão
“Mata de Lobos”