quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Crônica por Sergio Emiliano-

Ontem pela manhã Campo Maior viveu mais um dia igual a tantos outros. A diferença ficou por conta de um assalto sofrido a um cliente da loja de R$1,99 da Dermeval Lobão. O ladrão, conhecidíssimo da polícia, subtraiu a bolsa “capanga” de um senhor e fugiu a 200 km por hora pela avenida. A vítima pegou seu carro e furando todos os sinais, voou para a Zé Paulino, pois a Dermeval estava engarrafada. Os operários que trabalham na construção do novo Armazém Paraíba, começaram a gritar: - Pega ladrão, pega ladrão!A polícia foi eficiente, pois do nada, surgidos sabe-se Deus da onde, uns dez soldados prenderam o ladrão em frente a porta do Correio, onde já se encontrava a vítima com o carro estacionado.Milhares de pessoas fizeram um pequeno tumulto e aquela esquina que já é caótica, ficou ainda pior.Carros buzinavam e motos de todas as cores e marcas paravam para ver o assaltante entrando na Blazer.Ligaram a sirene de toda altura e saíram em alta velocidade para a Delegacia.Nesse momento, os carros de som do Paulo Martins e da Doutora, se cruzam num barulho infernal. Era molim, molim misturado com coração vermelho.
Nesse instante, parecia que havia combinado, um grupo de jovens evangélicos da Bahia liga uma enorme caixa de som e começam a dançar e a representar dentro do supermercado Carvalho. Usavam roupas pretas e tinham o rosto também pintados de negro. Queriam abrir a mente e o coração dos jovens para Jesus. Enquanto isso, um carrinho cheio de compras do supermercado, atravessava a avenida perigosamente levado pelo empacotador. Na Big Pão, pessoas largaram seus lanches para ver o pequeno tumulto. Logo depois, passaria voando uma ambulância do SAMU e eu acabava de atender a mais um cliente.portalcampomaior.

Um comentário:

  1. Nunca, mais nunca mesmo, ofereça um celular de presente para pessoas acima dos setenta e cinco anos. Sei que os politicamente corretos irão me odiar, mas eu acho que paciência tem seu limite.
    Minha mãe, para sair das altas contas cobradas pelo telefone fixo, resolveu querer um celular. A primeira exigência era que fosse daqueles que vêem com a lanterninha, pois acorda no meio da madrugada e precisa focar no relógio para se reorientar. Também quis que o papel de parede do display fosse eternamente um calendário, sendo que lá em casa existem milhões deles dependurados pelas portas. A cada pessoa que faz uma visita ela pedia para mudar o som da chamada. Pedia para aumentar, mas o celular ultrapassado não atendia suas expectativas. A escolha do plano foi um verdadeiro tormento: Escolheu a Oi, pois as filhas que moram em Teresina tem a mesma operadora. Logo depois, descobriu através do programa do Faustão que a Claro oferecia um mundo de bônus. Passou um bom tempo só sonhando com esses bônus que se acumulavam e iam rapidamente para o ralo. Um dia ela perguntou que mensagens eram essas que apareciam no celular. Ficava querendo saber quem teria enviado tais mensagens. Eu gelei quando ela disse: como é que se faz para enviar mensagens?Eu implorei aos seus pés para que apenas atendesse e fizesse suas ligações. Não conformada ela pergunta: pois o que é esse tal de SMS e torpedo? Passo...
    Sua agenda não era no celular. Ela anotava em algum lugar e quando precisava ela digitava o número. Seus nervos ficam a flor da pele quando ouve a mensagem de desligado e fora de área. Como alguém tem telefone e deixa desligado? É a sua queixa de sempre. A campainha dos outros celulares são sempre mais bonitas. Vem aquela inveja, perguntando pelo modelo, quanto custou e se os números são grandes. Muitas vezes o meu celular toca e quando atendo ela diz dando uma gargalhada: - Foi só para saber se tava funcionando.
    No fim do dia fica reclamando que ninguém ligou prá ela e quando pedimos o seu celular para fazer uma ligação vira uma onça. -Êpa, cuidado com os meus créditos. A cada ligação feita ela sempre repete: Você utilizou tantos créditos e ainda tem outros tantos... Delira de admiração quando olha seus netos e bisnetos manusear tão bem aquela coisa tão pequenina e tão importante nos dias atuais.
    Aí, um belo dia, ela me mostra um celular novinho em folha, dizendo que sempre quis ter dois. Pena que esse não tira retrato. Um é para TIM e o outro Claro. Se um é uma loucura, imaginem dois. Só que no aparelho da Claro ela quer que apareça no display o nome Claro e não o nome TIM que é do chip.Sei que esses dias ela anda encantada com uns chineses que tem dois chips.-Esses é que são bons....diz ela.E quando ela soube daqueles com televisão?
    O primeiro celular ela já revendeu, depois trocou pelo do filho, que deu para a neta... Juro que já não agüento mais.
    Aonde quer que ela vá leva os dois celulares. Toca um e atende o outro. Toca o meu e ela atende o dela... Toca o dela e ela diz que é o meu.
    Passado certo tempo, já utiliza a agenda, acessa o calendário, ver mensagens, aprendeu várias manhas. O meu medo daqui prá frente é dela querer um Smartfone ou um Iphone.
    Aí, salvem-se quem puder.

    Sergioemiliano@oi.com.br

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