domingo, 15 de abril de 2012

Campo Maior -250 anos de história

Segundo pesquisador Olavo Pereira da Silva, todos somos responsáveis pela preservação do patrimônio histórico cultural e pela paisagem de um lugar. Os bens que representam interesse históricos, arquitetônicos, arqueológico, paisagísticos e culturais precisam ser protegidos, conservados, vigiados e, principalmente valorizados.

Campo Maior completará 250 anos em agosto.É a terceira cidade mais antiga do Piauí.A primeira é Oeiras, a segunda,  Jerumenha. Toda a história de construção da cidade, das pessoas que viveram aqui, da religião, dos costumes, dos sentimentos, podem ser percebidos na arquitetura dos casarões, templos religiosos, túmulos, das fazendas e objetos guardados nos museus.


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Entende-se pela palestra do pesquisador Olavo, que as intervenções (reformas,  uso aleatório, pinturas, publicidades) nos bens públicos de valor histórico e cultural alteram sua identidade, transformam a paisagem, por isso,  tais intervenções precisam ser pensadas, estudadas antes de serem concretizadas.
Campo Maior possui muitos bens materiais e imateriais que precisam ser preservados. Tem uma paisagem natural formada pelos imensos campos de carnaubais, a encantada Serra de Santo Antônio, o açude grande que já serviu de alimento para a população e hoje serve de lazer, para passeios de Jet-ski. 

Tem as casas que ficam no entorno das Praças Bona Primo e Rui Barbosa, cuja arquitetura nos remete a séculos passados, a qual influenciou várias gerações; tem as fazendas de gado, onde viveram ricos portugueses, criadores de gado, que viajavam frequentemente para a Europa. Ainda se vê na cidade marcas do rico comércio, da época dos coronéis, donos de armazéns onde vendiam tudo desde tecidos, tucuns, a ceras de carnaúba e tucuns.As praças mais antigas: Praça  Rui Barbosa e Praça Bona Primo, era o "point" dos jovens do século passado. A Praça Rui Barbosa era o lugar de "azaração", ou seja, as paqueras começavam no passeio, onde as moças e os rapazes giravam em sentido contrário, o "flerte" acontecia  quando se cruzavam.Tudo isso acontecia ao som de músicas clássicas, que saíam de uma amplificadora.No Bar Santo Antônio, os rapazes bebiam e jogavam.

Em Campo Maior há muitas lendas, pouco conhecidas. Há festas e danças, folclóricas, religiosas como as quadrilhas juninas, a festa dos Reis, a Marujada, que precisa ser resgatada e outras novas que vieram se incorporar as já existentes, como a Capoeira.

O forte de Campo Maior é sua história, cultura e culinária. Isso precisa ser valorizado e bem protegido.


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