sábado, 13 de novembro de 2010

Campo Maior ganha acervo bibiográfico para pessoas com deficiência do PI

Campo Maior ganha, através do projeto ‘Saber Viver e Ler com as Diferenças’, o maior acervo bibliográfico especializado para pessoas com deficiência do Piauí, que estará à disposição da comunidade a partir do dia 25 de novembro, na biblioteca do campus Heróis do Jenipapo da Universidade Estadual do Piauí. A iniciativa é da ADEFAC, (Associação dos Deficientes Físicos e Auditivos Campomaiorenses), com financiamento do Banco do Nordeste e BNDES.


O conjunto de obras especializadas vai se juntar aos mais de 350 títulos já existente na universidade e formar um acervo com mais de 700 exemplares que servirão de fonte de pesquisa não só para pessoas com deficiência, mas também para comunidade acadêmica, bem como a sociedade em geral. 
“A biblioteca reune exemplares sobre direitos, educação e saúde de pessoas com deficiência; literatura de Campo Maior, Piauí e Brasil e ainda livros de todas as disciplinas do ensino fundamental e médio da educação regular”, explica o diretor da ADEFAC, Francisco José de Sousa, idealizador do projeto.


O diretor ressalta que o projeto, além da aquisição de livros, financiou a compra de móveis e de equipamentos de informática, que vai permitir o aparelhamento da biblioteca, a informatização da catalogação do acervo para facilitar o acesso à pesquisa por parte dos alunos e da sociedade. “Para catalogar e informatizar essas informações, nós inclusive estamos contando com a ajuda dos alunos do curso de biblioteconomia da Uespi de Teresina”, frisa o diretor.  

O trabalho dos alunos, que acontece durante esse final de semana, está sendo coordenado pela professora Umbelina Saraiva, do curso de pedagogia. Para ela, o projeto Saber Viver e Ler com as Diferenças está contribuindo para que a biblioteca da Uespi cumpra algumas das exigências do Ministério da Educação, além de colaborar para o processo de pesquisa e de extensão dos universitários de Campo Maior. “Ganha a Uespi, a sociedade e a comunidade acadêmica”, comemora a professora.  fonte/foto:portalcampomaior.



Um comentário:

  1. Todos os livros que leio eu repasso para amigos ou velhos conhecidos leitores. Acho uma covardia, um egoísmo besta, ficar com eles apodrecendo na estante. Livros foram feitos para serem lidos, para terem suas páginas massageadas fazendo exalar aquele cheiro de papel novo. Essa é a sua missão. Recentemente surgiu pela internet o chamado bookcrossing, ou seja; é o ato de abandonar propositalmente um livro num lugar qualquer da cidade para que um estranho o encontre, leia-o e passe-o adiante. Só que tem um detalhe: eu nunca doei livros para estranhos e duvidei que essa idéia pudesse dar certo. Embarcando nessa nova onda, optei por um autor nacional, ou melhor; pela união de vários deles. Achei que Os cem melhores contos brasileiros do século seria um ótimo livro para que fosse esquecido em algum lugar. É uma coletânea de pequenas obras-primas da nossa literatura. Impossível alguém não se emocionar, se apaixonar e enlouquecer por tão belos contos. Havia lido e relido, mas relutava em largá-lo num canto qualquer da cidade. Escrevi rapidamente uma dedicatória explicando o porquê daquele livro perdido, desejei uma boa leitura e expressei a vontade de ele fosse passado adiante para um maior número de pessoas. No rodapé esquerdo da página eu escrevi meu e-mail. Mas onde eu iria deixá-lo? Num mercado público nem pensar! Dentro de ônibus? Num balcão de padaria? Andando por aquele piso imaculadamente limpo de uma grande catedral, eu me sentia como que cometesse algo grave, um pequeno grandioso delito, um pecado. Teria pavor que alguém me chamasse para devolver o livro que supostamente estivesse esquecido. Bem, resolvi deixar-lo num banco dessa igreja. Saí sem olhar para trás. É uma sensação gostosa e muita estranha também. Imaginava quem poderia encontrá-lo e todas as fantasias vinham na minha cabeça. Dez dias depois recebo um e-mail, talvez o mais bonito que tenha recebido em minha vida. Fiquei muito emocionado, surpreso de ter superado o meu pessimismo inicial e feliz em saber que no mundo há muito mais gente interessante do que possamos imaginar. Hoje, ainda me pego pensando em quais outras mãos aquele meu livro foi parar e fico realizado com essa dúvida.

    sergioemiliano@oi.com.br

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