Eu tive hoje uma manhã especial. Conheci a senhora Trindade e suas
filhas. Trindade havia saído de Campo Maior há 34 anos e deixara a filha
recém nascida com uma amiga, a quem entregara na maternidade. Na época
ela tinha 17 anos e a família não a aceitou em casa. Ela foi levada por
uma tia para o estado do Pará e desde então, as informações chegadas lá e
aqui foram desencontradas.
Trindade desenganada, constituiu família e mudou-se com o marido para Meritituba, interior do Pará. Lá trabalhou duro, criou nove filhos, além de outros três, que foram deixados em sua casa pelos peões que trabalhavam nos garimpos.Também cuidou do cunhado surdo-mudo, levado para sua casa pelo marido.
Ela cuidava da casa, dos filhos, da roça - meio de sustento da família, que tinha ela como arrimo.Ela sozinha plantava, colhia e vendia os produtos os quais eram carregados no jamanxim ( cesto de palha ou cipó trançado que se adapta às costas, como mochila, usado pelos seringueiros e moradores da floresta.uol) para serem vendidos no centro da cidade, pois não podia contar com a ajuda nem mesmo do marido que se embriagava frequentemente. O trabalho era pesado, dolorido, contínuo. Só parava no período pós parto (resguardo) e por poucos dias.Seus partos eram realizados em casa e era ela quem cortava o cordão umbilical.
Trindade agora, com 54 anos, foi abandonada muitas vezes, aqui e no Pará. Foi maltratada, mas nunca se deixou abater. Criou os filhos com alegria, esperança e fé.Ela soube criá-los. São trabalhadores, amorosos, religiosos e se esforçam para realizar os sonhos da mãe.E, foi após recorrerem a programas de televisão, rádios, jornais e portais que, eles chegaram até esta blogueira, na expectativa de localizar os parentes de sua mãe e falar-lhe sobre sua existência.
Quanto a sua filha biológica, Amparo, foi muito bem criada por dona Sebastiana, 63, que sempre lhe falou da mãe, mas dizia-lhe que ela tinha desaparecido e falecido, pois eram estas as notícias que chegavam do Pará.
Há algumas semans, depois de tudo esclarecido, Amparo pegou um ônibus e fez sua primeira viagem na vida, aos 34 anos, até a cidade de Itaituba-PA. Uma viagem longa por estradas intrafegáveis, em meio a abismos, que durou três dias. Mas a emoção do encontro com a mãe e irmãos desconhecidos superou todas as dificuldades. Mãe e filha se abraçaram e se reconheceram como se nunca tivessem se separado.E, assim foi com os irmãos.
FINAL FELIZ, Amparo voltou trazendo a mãe Trindade e a irmã Isléa, 30, para passar uns dias com ela, surpreendendo a todos, que planejavam a viagem somente para o fim do ano.Para tornar tudo mais maravilhoso, Amparo ficou encantada com a alegria, o bom humor e a felicidade dos irmãos: Islane,27, William 26, Wiris, 24, Wivo, 22, Wilde, 20, Wilber, 17, Isleude, 15, André (neto), 14.
E, eu muito feliz por ter feito parte desta linda história de amor.Almocei com elas uma galinha ao molho pardo. Conheci pessoas maravilhosas e uma outra parte de Campo Maior. .
*Trindade-Francisca Alves do Vale, após muito sofrimento, separou-se há 2 anos do marido. Vive cercada dos filhos em uma casa-"a casa dos seus sonhos" recém construída pelos seus pupilos, em Itatuba-Pa.Ela está há alguns dias visitando sua filha e os lugares onde viveu, na comunidade São Pedro, próximo a Fazendinha/Fripisa.
Trindade desenganada, constituiu família e mudou-se com o marido para Meritituba, interior do Pará. Lá trabalhou duro, criou nove filhos, além de outros três, que foram deixados em sua casa pelos peões que trabalhavam nos garimpos.Também cuidou do cunhado surdo-mudo, levado para sua casa pelo marido.
Ela cuidava da casa, dos filhos, da roça - meio de sustento da família, que tinha ela como arrimo.Ela sozinha plantava, colhia e vendia os produtos os quais eram carregados no jamanxim ( cesto de palha ou cipó trançado que se adapta às costas, como mochila, usado pelos seringueiros e moradores da floresta.uol) para serem vendidos no centro da cidade, pois não podia contar com a ajuda nem mesmo do marido que se embriagava frequentemente. O trabalho era pesado, dolorido, contínuo. Só parava no período pós parto (resguardo) e por poucos dias.Seus partos eram realizados em casa e era ela quem cortava o cordão umbilical.
Trindade agora, com 54 anos, foi abandonada muitas vezes, aqui e no Pará. Foi maltratada, mas nunca se deixou abater. Criou os filhos com alegria, esperança e fé.Ela soube criá-los. São trabalhadores, amorosos, religiosos e se esforçam para realizar os sonhos da mãe.E, foi após recorrerem a programas de televisão, rádios, jornais e portais que, eles chegaram até esta blogueira, na expectativa de localizar os parentes de sua mãe e falar-lhe sobre sua existência.
Quanto a sua filha biológica, Amparo, foi muito bem criada por dona Sebastiana, 63, que sempre lhe falou da mãe, mas dizia-lhe que ela tinha desaparecido e falecido, pois eram estas as notícias que chegavam do Pará.
Há algumas semans, depois de tudo esclarecido, Amparo pegou um ônibus e fez sua primeira viagem na vida, aos 34 anos, até a cidade de Itaituba-PA. Uma viagem longa por estradas intrafegáveis, em meio a abismos, que durou três dias. Mas a emoção do encontro com a mãe e irmãos desconhecidos superou todas as dificuldades. Mãe e filha se abraçaram e se reconheceram como se nunca tivessem se separado.E, assim foi com os irmãos.
FINAL FELIZ, Amparo voltou trazendo a mãe Trindade e a irmã Isléa, 30, para passar uns dias com ela, surpreendendo a todos, que planejavam a viagem somente para o fim do ano.Para tornar tudo mais maravilhoso, Amparo ficou encantada com a alegria, o bom humor e a felicidade dos irmãos: Islane,27, William 26, Wiris, 24, Wivo, 22, Wilde, 20, Wilber, 17, Isleude, 15, André (neto), 14.
E, eu muito feliz por ter feito parte desta linda história de amor.Almocei com elas uma galinha ao molho pardo. Conheci pessoas maravilhosas e uma outra parte de Campo Maior. .
*Trindade-Francisca Alves do Vale, após muito sofrimento, separou-se há 2 anos do marido. Vive cercada dos filhos em uma casa-"a casa dos seus sonhos" recém construída pelos seus pupilos, em Itatuba-Pa.Ela está há alguns dias visitando sua filha e os lugares onde viveu, na comunidade São Pedro, próximo a Fazendinha/Fripisa.