Mãe vai a Delegacia pedir justiça pela morte trágica da filha, Adriana Tavares - uma jovem professora de 30 anos de idade, bonita, inteligente, dedicada ao trabalho e preocupada com a aprendizagem de seus alunos, que morreu apedrejada, quarta-feira,22 - um crime que abalou os professores e sociedade campomaiorense.
O agricultor e pedreiro Francisco de Assis -acusado de assassinar barbaramente a jovem professora, agredindo-a com pedras e paus, até perfurar-lhe o crânio, porque ela levava de carona na moto, a colega de trabalho, ex-esposa dele- Maria das Dores, que também foi agredida com mais de sete tesouradas, ficando em estado grave, livra-se da prisão, amparado pela lei eleitoral, que diz, que nenhum "eleitor" pode ser preso, cinco dias antes e 48 horas depois do encerramento da eleição, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
Conforme fatos, o acusado livrou-se da prisão em flagrante, apresentando-se espontaneamente após o prazo, embora tenha sido perseguido pela polícia por 24 horas, podendo agora, aguardar em liberdade o chamamento da justiça.
Familiares da professora assassinada e da professora sobrevivente, aguardarão temerosa o andamento do processo.
O que se viu hoje na frente da delegacia foi uma cena de dor e revolta. Mãe inconformada com a morte violenta da filha e populares revoltados pedindo justiça, enquanto o acusado de ter praticado o crime bárbaro, há dois dias, abandonava o prédio pelas portas do fundo, escoltado por policiais, para evitar um linchamento ali mesmo, perante as autoridades.
A audiência durou toda a manhã desta sexta-feira,24, o veículo que levava o acusado foi seguido por alguns motoqueiros, prontos para impedir-lhe a partida, até perder-se de vista. Depois todos retornaram para casa com seus questionamentos e frustrações.
O acusado era casado com a professora Maria das Dores, inconformado com a separação recente, passou a ameaçá-la, pondo em prática suas intenção, na última quarta-feira, perseguindo-a na saída da comunidade Corredores, quando ela fugia de moto, na carona da colega e amiga Adriana. Ao derrubá-las da moto, ele começou a discutir com sua mulher, Adriana intercedeu e foi agredida violentamente, com uma pedra na cabeça, morrendo no local. Das Dores - a ex-esposa, tentou correr mas foi perfurada várias vezes com uma tesoura, até desmaiar e ser salva pelos caçadores, que passavam no local.O acusado fugiu, ao ver os caçadores. Das Dores foi socorrida, levada ao hospital, depois encaminhada para o HUT em Teresina. Conforme informações de parentes, ela resistiu aos ferimentos e passa bem.
Adriana Tavares |
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