O campomaiorense Zé Didor é conhecido internacionalmente. Dono do museu particular, considerado um dos maiores acervos do mundo, visitado diariamente por pessoas do mundo inteiro. O local tem servido para pesquisa de universitários, historiadores, escritores, que encontram nele vasto material sobre a história, costumes, cultura do povo campomaiorense, piauiense e até de outros países.
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O Museu possui um acervo com mais de 70 mil peças entre documentos, objetos domésticos e de uso pessoal, instrumentos de trabalho, peças de vestuário, fotografias, quadros, cédulas e moedas antigas. Todo esse material foi juntado ao longo de quinze anos, o qual foi chegando às mãos do colecionador através de doações.
Muitos desses objetos perteceram a personagens ilustres, como o pince nez de Machado de Assis, a cadeira do primeiro prefeito de Campo Maior, Coronel Chico Alves, a cadeira do Capitão Ovídio Bona, o banquinhinho do Major Honório Bona, o óculos do Wall Ferraz, dentre muitos outros.Há ainda o dinheiro do tempo do império, o microfone com o símbolo da Globo, usado por Maurício Kubrusli (este já mais recente).
Há ainda a primeira urna de júri de madeira de Campo Maior doada pelo Juiz Francisco das Chagas Vilela, antigo juiz da comarca, falecido há alguns anos - Quando havia muitos reus para serem julgados os seus nomes iam para o sorteio nessa urna. Há também um freio da Maria Fumaça, o lampião da REFSA, sela para cavalo para jovens donzelas, arma do tempo do pavio, relógio da Casa Inglesa, vitrola, a imagem do Cristo, que pertenceu ao estúdio de um dos mais antigos fotógrafos de Campo Maior- Agenor Azevedo, santos barrocos, palmatória da professora Mulata Lima.
O colecionador exibe com orgulho o alvára datado de 3 de junho de 2003, que concedeu a transferência definitiva do Museu para a antigo prédio da Estação Ferroviária, bem com as fotos do advogado Washington Belchior e do Juiz Antônio da Silva Brito Filho.
Zé Didor é um homem famoso. Muitas pessoas o visitam principalmente para conhecer o homem que sozinho conseguiu juntar o maior números de peças em um museu. Ele começou a juntar peças antigas quando ainda tinha um bar, de colecionador passou a dono de museu e detentor de histórias fascinantes contadas também no livro Me Leva Brasil, a quem o autor Mauricio Krubusli dedicou as primeiras páginas . "Uma cidade e país sem história é como um corpo sem alma," filosofou, Zé Didor, que faz um apelo para os educadores de Campo Maior: "venham conhecer nossa história, para colaborar com o museu, venha conhecer a história de Campo Maior."
Ele é a personagem principal da fundação que leva o seu nome. Considera-se um eterno "tremendão", diferente de um boêmio como explicou. Segundo ele o tremendão não envelhece. Aos 63 anos de idade ele conserva a mesma alegria de sua juventude. Ainda usa o cinturão com a fivela de lado e vários cordões dourados no pescoço. Dançarino nato, arrisca um tango, baião e valsa. Diz que dança de 14 modos.
Zé Didor começou a catalogar alguns objetos, mas sozinho não consegue fazer muito. Há necessidade de pessoal para ajudá-lo e de mais apoio da sociedade em geral e principalmente de donos de escolas. Atualmente ele tem encontrado apoio nos juízes campomaiorenses Edson Alves da Silva e Lirton Nogueira Santos, que têm colaborado, inclusive financeiramente.
O Museu Zé Didor está aberto para visitações durante toda a semana. O telefone para contato é 86 9920 3757.O Museu do Zé Didor é um dos lugares mais visitados em Campo Maior por turistas estrangeiros.
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