Vendedores ambulantes fazem ponto no calçadão do açude grande. Maria do Carmo, 51 vende milho há mais de dez anos. Ela chega todas as tardes e arma sua banca, quer dizer seu fogão a carvão. Ali mesmo cozinha e assa o milho, que é entregue para o cliente quentinho e embrulhado na própria palha do milho. Assim ela ajuda a família formada por 10 filhos, noras, genros e netos.
Há também a dona Maria, que seguindo o exemplo da colega armou sua banca e tenta aumentar a sua renda familiar vendendo "chá de burro", ou seja, o mugunzá, que é um mingau feito com milho branco, açucar, leite e coco ralado.
Quem passa pelo ou quem faz cooper no açude grande pode experimentar uma dessas delícias.
O calçadão poderia ser ocupado também pelos muitos artistas, pintores e escultores campomaiorenses.
Eu defendo esses trabalhadores que hoje se encontram em condições adversas de trabalho para sobreviverem, uma opção de sobrevivência e custeio da família.
ResponderExcluirVivemos em uma sociedade de elitistas onde poucos têm muito e muitos não tem nada vivendo sem perspectivas e à margem da sociedade, ainda bem que esses ambulantes tem às margens do Grande Açude.