Há 201 anos, os piauienses, cearenses e maranhenses lutaram pela Independência do território piauiense, tão desejados pelos portugueses devido a sua localização geográfica favorável para o transporte e criação de gado, por outras riquezas existente na região e por ser mais fácil nevegação marítima partindo desta região..
Em uma das batalhas mais sangrentas pela Independência do Brasil, brasileiros lutaram durante cinco horas sob um sol escaldante de Campo Maior, Piauí, Brasil, as margens do Rio Jenipapo, que estava seco naquela época.
Do lado dos combatentes brasileiros - tropas formadas por homens simples, lavradores, vaqueiros recrutados às pressas, armados com foices, machados, chuços, facões, espetos, espadas e espingardas velhas - cheios de sonhos e expectativas de vitória.
Do lado dos portugueses, o sargento mor João José da Cunha Fidié homem com experiência em guerras, comandava um exército armado com as armas mais letais daquela época, confiante de que venceria facilmente os brasileiros e conquistaria o território piauiense para o governo português. Fidié possuía canhões capazes de derrubar vários combatentes de uma só vez.
No dia 13 de março, os brasileiros se reuniram cedo no largo da igreja de Santo Antônio e, após um desfile militar e ao som de corneta, partiram a pé para o campo de batalha, com valentia e disposto a dar a vida pela sua Pátria. Deixando as mulheres em casa, que os incentivaram a lutar e venderam jóias para comprar comprar munições e armas.
Os brasileiros conhecedores da região, ao chegar a margem do rio, dividiram-se as tropas, uma parte ficou do lado esquerdo e outra no, direito da bifurcação e ficaram aguardando as tropas portuguesas se aproximarem. Fidié ao chegar de um lado se deparou com as tropas de combatentes e abriu fogo, mas com a intenção de os amedrontar. As tropas que estavam do lado oposto, ouvindo os tiros, abandonaram seu posto e correram para se juntar aos combatentes, que achavam estar em perigo. A passagem ficou livre, Fidié atravessou o rio com seu exército e assim chegou do outro lado encontrando os combatentes desprevenidos e vulneráveis. O massacre foi grande, o rio cobriu-se de sangue. Os combatentes sem armas que pudessem combater os portugueses corriam para cima sem qualquer receio, sendo alvejados pelos canhões. Durante 5 horas lutaram sem parar. No final, havia mais brasileiros mortos do que portugueses. Quem não morreu fugiu e se escondeu na mata, mas antes, os brasileiros roubaram munição, armas e dinheiro dos portugueses. Fidié, marchou então com o que sobrou do seu exército para o centro da cidade.
Os combatentes brasileiros não venceram a batalha durante o confronto letal com os portugueses, mas o que sucedeu após a batalha deu aos combatentes a vitória, pois o Piauí tornou-se independente, e o Brasil todo pôde comemorar a vitória.
Fidié cansado voltou para o seu governo, assustado com tanta bravura por parte dos que aqui lutaram pela Independência do território piauiense e, consequentemente, do Brasil. Foi uma luta de gigante contra pequeno.
Viva os heróis da Batalha do Jenipapo, ocorrida em Campo Maior, Piauí, Brasil no dia 13 de março de 1823, que destemidos lutaram contra o domínio do território piauiense e brasileiro pelo governo português.
O mesmo calor que faz com que os Campo-maiorenses se transformem em um povo acolhedor, o faz, também lutador contra o seu opressor.
fotos de Luselene.
Texto editado, pesquisado em várias fontes:a guerra do Fidié, Abdias Neves, O Piauí nas Lutas da Indepência do Brasil, Mons. Joaquim Chaves, wikepdia.
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